CORTINA Gadu abriu show com ares de diva - Fotos: Dayvison Nunes/JC Imagem
Quem viu a primeira apresentação de uma tímida Maria Gadú, no Recife, em 2009, sentada num banquinho, ela e o violão, sabe o quanto a menina dos olhos de Caetano cresceu. Diante de uma plateia nem tão lotada assim – mas nem por isso menos eufórica – a cantora mostrou, na noite deste sábado, no Teatro da UFPE, uma pegada mais forte, uma voz (ainda) mais apurada e uma sintonia perfeita com a banda que a acompanha.
GUITARRA Cantora mostrou maturidade no palco
Vestida de branco, entrou meio encoberta por uma névoa, na verdade uma imensa cortina transparente, onde eram projetadas imagens de nomes de cantores, com a música Alguém cantando (Caetano). Talvez não por acaso, a primeira a ser homenageada foi Cássia Eller. Logo depois Gadú entrou com Reis, trabalho do novo disco, Mais uma página, para então se entregar de vez ao público, agora sem cortinas, com Pé do vento. Gritinhos histéricos foram uma constante, chegando inclusive a atrapalhar um dos momentos mais intimistas, como por exemplo durante a música Amor de índio. A climatização não efiente foi outra nota destoante da noite. Fora isso, a cantora desfilou vários sucessos do antigo disco, momentos que fizeram a maior parte da plateia cantar em coro e voltou para o bis, com Laranja, passou por Maria Solidária e fechou a noite com Podres poderes.
CENÁRIO Composição do palco deixou o show com pegada pop
A paulista apresentou o show do recém-lançado álbum Mais uma página. E quem disse que é tão novo assim para o público pernambucano? Boa parte da plateia não hesitava em acompanhar as músicas do novo disco. Para citar algumas, Reis, Pé de vento e Extranjero. Entre as canções do primeiro, Encontro, Tudo diferente e Linda rosa – todas com roupagens diferentes. Destaque para Axé Acapella, performance na qual a cantora escanteou o jeito tímido e fofo e comprovou a potência vocal.
Após cantar Quem?, Gadú lembrou: “só faltou Lenine” – já que canta com ele no disco. Assim como começou, ela terminou o show cantando Caetano Veloso. Despediu-se com Podres poderes.
Gadú mostrou que continua a mesma ao agradecer. A frase “Brigada, gente”, dita com um carisma só dela, é uma das mais frequentes ao longo de uma hora e meia de show. A timidez permanece, mas de forma disfarçada. A cantora está, de fato, mais madura e à vontade no palco. Fase que os pernambucanos aplaudiram de pé.
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